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quarta-feira, 19 de maio de 2021

PRAZER MORTAL - EPISÓDIO 6 - SUSPEITOS

EPISÓDIO 6 – SUSPEITOS
WEBSÉRIE DE NEEMIAS BEZERRA

01. INT. Hospital Maria da Graça - Tarde

Amanda aguarda libertação médica para Carla receber visitas, na UTI. Ulisses está no outro lado sem falar nada, enquanto Renan tenta puxar assunto naquela recepção silenciosa. 

Renan — Estou confiante que Carla vai se recuperar. Vocês vão se unir novamente, superando tudo isso!

Naquele momento, Ulisses murmura. 

Ulisses — Essa família nunca foi unida porra nenhuma, eu nunca fui amado por Carla. Ela só tinha olhos para querida Cátia (Amanda). Olha agora, que engraçado né? Quem quase a matou foi a filha tão amada. 

Renan — Não começa, Ulisses. Pare com sua revolta sem motivo! 

Amanda — Ele só que arrumar uma desculpa esfarrapada para tentar justificar as merdas que ele faz. Tráfico, roubo, evasão escolar, drogas... Até poderia listar as outras coisas aqui, mas ele sabe muito bem. Mas para ele, eu que deveria ser desprezada, me poupe!

Ouvindo aquilo, Ulisses fica violento, se levanta rapidamente da cadeira aproximando-se seu rosto com o de Amanda. Renan entra na frente, surpreendido. 

Ulisses — Cala a boca, sua desgraçada!

Mas aquele início de confusão é interrompido pelo médico.

Médico — Não sei o que está acontecendo aqui entre vocês, mas é de uma total falta respeito a este ambiente. Dito isso, estou aqui para informar que Carla teve uma piora, mas ela está viva e consegue falar. Ela quer conversar com Cátia. Quem seria Cátia? 

Amanda — Sou eu. Cátia é meu nome de registro, acabei dando meu nome profissional, tantas coisas acontecendo, que nem me liguei nisso.

Médico — Então me acompanhe. 

Médico leva Amanda até o quarto de UTI.

02. INT. Restaurante – Tarde 

Érica — Você conseguiria fazer uma discrição? 

Luiz — Não sei, mas poderia tentar. Se o visse novamente, poderia identificar. 

Érica — Isso vai ajudar bastante, Luiz. Acho que agora este caso vai andar. 

Luiz — Érica, vou te ajudar, mas queria que os detalhes não fossem divulgados. 

Érica — Não se preocupe, vamos manter o máximo sigilo. 

Érica e Luiz combinam encontro na delegacia.

03. EXT. Parque Municipal - Tarde

Roberta e Clarisse se encontram e conversam.

Roberta — Eu não sabia que Yasmin trabalhava assim. Não entendo, não entendo o porquê ela escolheu essa profissão tão arriscada. Estou arrasada, Clarisse. 

Clarisse — É complicado, Roberta. Cada menina tem seus motivos... Eu sinto muito que você tenha sabido nestas circunstâncias. 

Roberta — Estive no IML e quase não aguentei. Estou tentando ficar forte, mas é difícil.

Clarisse — Não sei o que falar, todos ainda estamos chocados com tudo que vem acontecendo. Roberta, o que você precisar pode contar comigo. 

Roberta — Obrigado, querida. 

Clarisse — Aqui está as coisas de Yasmin que ela deixou lá no Sexy Devil. 

Roberta — Obrigado por isso. Agora é clamar por justiça por todas as mulheres mortas por esse assassino. 

Clarisse — Seja quem for, vai pagar.

As duas conversam, mas logo Roberta se despede. 

04. EXT. Delegacia – Tarde

Delegado Rodrigo vai até a frente e vê multidão fazendo protesto. E Helena puxa coro com cartaz na mão.

Rodrigo — Para que isso? 

Helena — Queremos justiça! 

Coro — Queremos justiça! Queremos justiça! 

Rodrigo — Só faltava essa mesmo.

Carlos — É, delegado... agora que a pressão vai aumentar, coitado do Felipe. 

Rodrigo (ri) — Coitado mesmo.

Rodrigo entra para delegacia, Carlos fica ali observando. 

04. INT. Delegacia – Tarde

Felipe chega na delegacia e se surpreende com movimento na porta da delegacia. 

Felipe — E o caso ganhando comoção da sociedade, quase não consigo passar e chegar até aqui.

Rodrigo — Verdade, você com mais responsabilidade e pressão nas costas.

Carlos — É isso que o serial quer, pessoal: Fama. Ele deve está vendo a repercussão crescendo e tá agora pulando de alegria.

Rodrigo — Aproveitando, Felipe como está o caso?

Felipe — Está lento, ainda nenhum concreto.

05. INT. Delegacia – Tarde

Santana deixa sua mesa e chama Felipe. 

Santana — Encontrei alguma coisa, Felipe. 

Felipe — O que?

Santana — A filmagem da câmera de segurança nas proximidades do terreno baldio captou um carro.

Rodrigo se aproxima e comenta

Rodrigo — Olha aí, Felipe nova pista. 

Carlos — É só um pedaço do carro. Vai ser difícil. 

Santana — Já enviei para o tratamento de imagem, este vídeo vai ficar mais nítido para conseguimos ver a placa do carro. 

Felipe — Felizmente, algo bom!

06. INT. Hospital Maria da Graça - Tarde

Amanda (Cátia) entra no quarto e vê sua mãe debilidade na cama e chamando por Cátia. 

Amanda — Estou aqui 'mainha', você vai ficar bem, viu. 

Enquanto fala, ela pega nas mãos de Carla, que responde:

Carla — Você é um orgulho para mim, minha filha. Acho que estou morrendo, mas quero que saiba disso. Não lembro do que aconteceu, mas só lembro das alegrias que você me trouxe até hoje. (voz baixa e com dificultadas)

Amanda — Mãe, não fale isso, por favor. Não vou me perdoar! (chorando ali)

Carla — A minha missão aqui está cumprida, criei uma linda jovem, estudiosa, trabalhadora e de bem. Te amo...

Amanda — Não...mãe...

Amanda já nem consegue produzir nenhuma palavra de sua boca, só ruído de choro soa ali. Carla profere as suas últimas palavras, fechando seus olhos. 

Carla — Adeus, filhinha...

Sinal sonoro dispara dos equipamentos, alertando que o coração de Carla parou. Ela morre ali, como se entrasse em um lindo sono. No mesmo instante, Amanda grita para os médicos, deixando a sala. Logo, o espaço é tomado por médicos e enfermeiros. Ela fica chorando no corretor. 

07. INT. Delegacia – Tarde

Érica chega na Delegacia e chama Felipe. 

Érica — Preciso conversar com Felipe, está aí?

Santana – Está sim, pode entrar.

Felipe — O que fiz para merecer sua visita até na sua folga? 

Érica — Sem intrigas hoje, Felipe. Bom, vir contar que consegui encontrar uma possível testemunha do caso. Podemos colocar várias fotos de outros suspeitos de assassinatos de mulheres para ver se ele reconhece.

Felipe — Quem é ele? 

Érica — Um cliente, que vocês deixaram passar durante a investigação. Ele teve contato com o assassino na noite do crime. 

Felipe — Érica, parabéns! Posso dizer que agora você está de volta ao caso. Isso foi excelente! 

Felipe parabeniza Érica. 

08. INT. Hospital Maria da Graça – Tarde

Abraçada por Renan, Amanda (Cátia) ainda chora de soluçar. Ulisses está inquieto, andando para um lado para o outro. Médico se aproxima e confirma falecimento de Carla.

Médico — Infelizmente, Carla faleceu. Ela teve várias complicações devido ao impacto, mas se isso pode confortar de alguma forma, ela morreu sem sentir dor. 

Ulisses — Não, isso não pode ser verdade! 

Ele se aproxima de Amanda e questiona. 

Ulisses — O que você fez infeliz! 

Renan — Se controle, cara! Pare de querer culpar alguém, não é fácil, mas todos estamos de luto. 

Ulisses encara Renan com olhar de raiva e deixa o hospital, sussurrando para sí.

Ulisses — Isso não vai ficar assim!

09. INT. Hospital Maria da Graça – Tarde

Médico — Renan, você como marido de Carla vai ter que cuidar das papeladas e da transferência dela ao uma funerária. Tem algum convênio? 

Renan — Sim (...) Cátia (Amanda), você não precisa ficar, vá descansar. 

Amanda — Não...

Renan — Vá, resolvo isso tudo aqui. 

Amanda muda de ideia e deixa o hospital com Uber. 

10. INT. Delegacia – Tarde

Santana — Parece que você está animada.

Érica — Voltei ao caso, Santana. Vamos encontrar esse assassino logo, logo. 

Santana — Ahh que bom, Amanda. Se bem que você trabalhou mais que todos aqui. (ri)

Érica — Bem, agora vou indo. Bom trabalho para você. Até mais. 

Érica deixa a delegacia. Passagem de tempo.

11. INT. Sexy Devil – Noite

Amanda chega no estabelecimento e todos notam sua expressão de choro. Maria do Carmo que está ali a diante, se aproxima e pergunta sobre Carla.

Amanda — Ela se foi, se foi... (choro)

Maria do Carmo — Oh, minha menina, oh meu Deus... (abraçando Amanda e levando para dentro)

Clarisse — Será que não é melhor leva-la para outro lugar, afinal...

Amanda — Não. Não tenho para onde ir, melhor ficar aqui com vocês, esta é minha casa, apesar de tudo. 

Jéssica se aproxima e abraça Amanda, gerando um abraço coletivo. 

Jéssica — Meu sentimentos a você. Se precisar estarei aqui. 

12. INT. Residência de Carla. Quarto – Noite

Com a morte de Carla, Ulisses está revoltado no quarto, falando sozinho, ele culpa Amanda (Cátia) pela fatalidade. 

Ulisses — Aquela vagabunda matou minha mãe. Ela está com os sangues na mão. aquela puta, nojenta!

Renan bate na porta e avisa

Renan — Ulisses? Estou saindo para resolver as coisas do velório, sua noiva está aqui na sala, quer te vê.

Ulisses — Tá, estou descendo. (responde atravessado)

13. INT. Residência de Carla. Sala – Tarde

Ulisses chega à sala e mostra frieza. 

Janaina — Amor, meus pêsames. Estou tão triste por tudo isso. 

Ulisses — Sim.

Janaina — Como você está?

Ulisses — O que você acha? Minha mãe morreu por culpa da minha irmã vagabunda. 

Janaina — Amor, foi um acidente. 

Janaina tenta abraçar Ulisses e ele desfia. 

Ulisses — Se você não vai me apoiar, pode sair. 

Janaina — Estou aqui para isso, te apoiar.

Ulisses — Não parece, você sabe que não foi um acidente, Cátia é culpada. 

Janaina — Você precisa se acalmar e dormir, está tanto tempo acordado, esfiar a cabeça.

Ulisses — Você não sabe o que eu preciso, mas eu sei! 

Janaina — Vai para onde? Eii, volta aqui!

Ulisses deixa a casa transtornado. Passagem de tempo...

14. INT. Sexy Devil – Noite

Maria do Carmo cria momento de tributo às mulheres desaparecidas e Carla. Com todos reunidos no salão, eles bebem.

Maria do Carmo — Elas merecem nossas homenagens. Bebidas no bar liberadas para quem quiser. 

Amanda — Vamos tentar ser forte, como elas foram! 

Jéssica — Vou honrar a Júlia, que bebia como ninguém. (ri) ai, desculpa gente! (ela segue pegando duas garradas de bebida alcóolica)

Naquele momento, Ulisses invade ali, transtornado com uma arma na mão. 

Ulisses — Sua infeliz, você tirou tudo de mim. Tirou o amor da minha mãe, e agora tirou ela da minha vida. Ela morreu por sua causa, cachorra!

Amanda — O que é isso, está louco? (assustada)

Maria do Carmo — Rapaz, você está fora de si, respire e largue está arma. (grita)

Ulisses — Estou cansado de toda a minha vida ser menosprezado, por ser o errado da história. Hoje vou acabar com toda essa falácia, vingarei minha mãe. Por ela, eu vingo! 

Amanda — Ulisses, você está me culpando por suas próprias atitudes reprováveis, estas sim fizeram Carla se decepcionar várias e várias vezes com você. (chorando) 

Teixeira aparece no salão, e todas as meninas descem com o barulho. 

Ulisses — Não se mexam, se não vou atirar. 

Teixeira — Você não vai resolver seus problemas deste jeito, colega. Abaixe a arma. 

Ulisses — O único problema aqui é a Cátia! 

Jéssica — Já liguei para polícia e ela está a caminho. Melhor correr! 

Ulisses aponta arma para Jéssica e ameaça 

Ulisses — Cala a boca, sua filha da puta, quer morrer? (gritando) 

Na distração, Amanda reage. 

Amanda — Seu demônio, largue essa arma! (arma) 

Os dois entram em luta corporal. 

15. INT. Delegacia – Noite 

Carlos recebe ocorrência no Sexy Devil.

Carlos — Santana, vamos! Uma denúncia urgente lá no Sexy Devil, um cara quer matar a irmã. 

Santana — O louco! Sexy Devil está no centro dos últimos acontecimentos em São Paulo. 

Eles partem para o estabelecimento. 

16. INT. Residência de Érica – Noite

Érica chega em casa e flagra Hugo olhando fotografia. 

Érica — Que foto é essa? 

Hugo — (assustado) Oi? 

Érica — Você está muito estranho! Que foto é essa? 

Hugo — Não é nada, amor. Estava aqui vendo, lembrando como sua irmã era jovem. Não merecia... 

Erica — Sim, mas ainda vou encontrar quem fez isso com ela e vou fazer justiça. 

Hugo — Amor, vamos mudar de assunto que este é triste. Como foi seu dia? 

Érica — Muito produtivo, amorzinho. Voltei ao caso das mulheres assassinadas. Tenho uma possível testemunha e se Deus quiser, esse caso vai ser resolvido logo.

Hugo — Que bom, amor. Feliz por você. 

Érica — Você fez o jantar? (surpresa) 

Hugo — Sim, você merece. 

Eles vão até a cozinha e jantam. 

17. INT. Sexy Devil – Noite 

Na luta corporal, um tiro é disparado. Logo, se ouve mais um, e um terceiro. Amanda e Ulisses estão deitados no chão, um em cima do outro. Todos ali estão assustados e ficam sem reação. 

Maria do Carmo — Amanda! Amanda! 

Santana e Carlos chegam e veem Ulisses se levantando com a arma na mão e apontando para sua cabeça. 

Teixeira — Meu Deus! Amanda! 

Santana atira no ombro de Ulisses, que cai, soltando a arma. As meninas ali presentes correm até Maria do Carmo, que está com Amanda nos braços. Correndo, os policias entram e prende Ulisses.

Maria do Carmo — Você vai ficar bem, mulher forte, você é! 

Amanda — Oh Maria do Carmo (...) você é um anjo, obrigado por tudo. (voz desfalecendo) 

Amanda fecha os olhos nos braços de Maria do Carmo, que chora.

18. INT. Delegacia – Noite

Ulisses é levado a delegacia e Rodrigo interroga.

Rodrigo — Como você foi capaz de matar sua própria irmã?

Ulisses — Estava fora de mim, tive um surto psicótico. Não era eu! Não sou assassino. 

Rodrigo — Nem pense que você vai conseguir enganar ninguém com essa conversinha fiada, pois não vai.

19. INT. Delegacia – Noite

Perto do fim do seu expediente, Felipe chega à delegacia e encontra Rodrigo.

Rodrigo – Prendemos um cara que matou uma prostituta lá no Sexy Devil... O cara com sangue frio. Ela era a própria irmã, acredita?

Felipe — Eu soube de alto, o quer você com isso?

Rodrigo — Felipe, você não está vendo o óbvio? Ele pode muito bem ter matado as outras mulheres. E a própria irmã ser a última de sua jornada doentia. 

Felipe — Rodrigo, obrigado pelo toque, vou investigar ele. E assim, teremos nosso suspeito principal. 

Rodrigo — É precisa andar com isso, prender alguém, senão vai acabar perdendo esse caso. 

20. INT. Residência de Érica – Noite

Hugo vê Érica assistindo imagens de segurança em ruas e questiona. 

Hugo — Amor, vem para cama...

Érica — Hugo, estou com tanta coisa, vou continuar trabalhando aqui. Pode dormir, beijo. 

Hugo — Só trabalho...

Ele deixa a sala irritado e volta ao quarto. 

Amanhecendo...

21. INT. Funerária – Manhã

Renan e Maria do Carmo estão em uma Funerária. Os dois marcam o velório de Carla e Amanda (Cátia) para o mesmo dia.

Maria do Carmo — Amanda vai ser liberada para o velório hoje à tarde.

Renan — Vocês podem deixar Carla pronta para o velório amanhã?

Funcionário — Conseguimos preparar tudo aqui e manter o corpo dela bem conservado. Porém, o ideal é fazer os tramites o mais rápido possível. 

Renan — Obrigado, rapaz. É melhor fazer o velório e enterro no mesmo dia, não vamos alongar a nossas dores.

Maria Do Carmo — É um luto que nunca vai passar. Infelizmente.

Os dois ajustam a data do enterro de Carla e Amanda e deixam a funerária.

22. INT. Delegacia – Manhã

Érica chega ao encontro de Felipe. 

Érica — Está tudo certo?

Felipe — Sim, achamos um suspeito e vamos colocar ele junto com os outros. E esperar que sua testemunha seja útil, apesar de não confiar nada em um bêbado.

Érica — Estou confiante, Felipe. A propósito, fiz umas pesquisas com o vídeo de segurança e aquele carro que apareceu nas filmagens é popular demais.

Felipe — É Santana está limitando as quantidades de carros com os números que apareceram na metade da placa.

Érica — Espero que encontre, algo. 

Minutos depois...

23. INT. Delegacia – Manhã

Luiz chega à delegacia e conversa com Érica.

Érica — Você está em ambiente seguro, Luiz. Tente ficar calmo, eles não podem te ver. 

Luiz — Obrigado, Érica. Você está sendo muito gentil, espero que possa ajudar. 

Érica e Luiz vão até a sala reservada e os suspeitos ali no outro lado do vidro começa a entrar. Luiz está sentado ao lado de Érica.

Érica — Olhe com atenção todos eles, Luiz. Qualquer coisa diga. O investigador e o delegado chegam já, já.

24. INT. Residência Sexy Devil – Manhã

Maria do Carmo chega ao seu estabelecimento. Ela está andando devagar por todo o ambiente, tocando com suas mãos já enrugada, pelos moveis e balcões. Ela sobe as escadas e entram no quarto das funcionárias.  

Maria do Carmo — Oi, meninas. 

Estão ali, Jéssica, Clarisse e Camila, elas respondem. Clarisse repara no semblante triste de Maria do Carmo e questiona.

Clarisse — Você está bem? Sei que não está sendo nada fácil para ninguém, principalmente para você. 

Maria do Carmo — Subi aqui para falar com os presentes. Estou fechando este lugar, vocês estão liberadas de suas funções aqui. Depois de tudo, vi que a casa de prazer e também de sustento, não pode mais continuar e negar tudo que aconteceu. 

Jéssica — Ohh, Maria. Como você vai se sustentar?

Maria do Carmo — Tenho minhas economias e vou tentar ajudar todas vocês. 

Camila — Você é incrível, tudo vai melhorar!

Elas se abraçam. 

25. INT. Delegacia – Manhã

Luiz está sentado, um pouco nervoso atento no vidro. Logo, Rodrigo, Santana e Felipe entram na sala. Naquela mesma hora, Hugo telefona para Érica, mostrando sua foto, celular está em cima da mesa.

Rodrigo — Bom Dia, rapaz.

Felipe — Tudo bem?

Santana — Moço?

Luiz está em silêncio.

Érica — Luiz? 

Luiz — É... Tô bem, um pouco nervoso (fala gaguejando)

Rodrigo — Lembrou de alguma coisa?

Luiz — Eu? Nada, ainda! (nervoso)

Érica — Então, Luiz, vamos começar.

 Ulisses é um deles.

Naquele momento, Érica liga o áudio da sala e cada criminoso do outro lado repete, um após o outro, uma frase.

Santana — Nada?

Luiz — Infelizmente, não lembrei de nada. Não posso ajudar. Perdão!

Érica — De verdade, Luiz? Nem a voz?

Luiz (se levantando da cadeira) — Não, Érica.

Érica se frusta com a falta de memória de Luiz. Eles encerram a prova ocular e deixam a sala.

26. INT. Delegacia – Manhã

Érica acompanha Luiz até o carro.

Érica — Você está estranho, Luiz. Aconteceu alguma coisa?

Luiz — Nada, nada. Fiquei só frustrado por não ter ajudado em nada. Obrigado. Bom trabalho. 

Ele entra no carro e deixa as proximidades. Naquele momento, ele liga para esposa.

Luiz (telefonema) — Amor, preciso falar com você pessoalmente, urgente. Assim, se ouvir essa mensagem, me retorne. 

Luiz — Me ferrei, me ferrei! O que faço agora? O que faço? 

Ele fica nervoso e volta para casa.

FIM DO EPISÓDIO.