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domingo, 31 de julho de 2022

TROIA: ORIGENS — CAPÍTULO 06


CAPÍTULO 06

Cena 01/ quarto de Miguel e Creuza/ manhã.

Letreiro na tela, Maceió-Alagoas, Início dos anos 2000.

Com o passar dos anos Creuza ficou muito doente e debilitada, ela conseguiu um benefício do governo porém que pouco dá para suprir as necessidades da casa de um brasileiro.

Creuza - eu passei a me tornar um fardo para você. 

Miguel - você nunca sempre será um fardo meu amor, e você ficará boa logo logo. 

Creuza - hoje eu irei pedir ao Rafael para comprar aquele remédio que acabou ontem, mais um incômodo. 

Miguel - não se preocupe com isso meu bem, nosso filho é de ouro, e ele irá conseguir comprar sim.

Creuza chora por se sentir um incômodo para o marido e o filho.

Miguel - não chora meu amor, vamos descer, se eu bem conheço nosso filho ele já está acordado.

Creuza - é verdade, afinal hoje é o primeiro dia do novo emprego dele.

O casal desce as escadas.

Cena 02/ casa de Rafael/ Mesa/ manhã

Rafael acorda cedinho para ir ao seu primeiro dia de trabalho, antes faz o café e coloca a mesa, Creuza já sentada lhes pede algo

Rafael - bom dia mãe ( lhes dá um beijo no rosto), a senhora conseguiu dormir bem? 

Miguel - Do mesmo jeito filho com dores pelo corpo e aquela tosse seca, o médico disse para ela ter repouso mais ela insiste em fazer algumas coisas em casa.

Rafael - mãe eu te falei ontem que fazia o almoço e limpava a casa quando chegasse do trabalho, quero ver a senhora bem mãe.

Creuza - parem de preocupação, eu tenho que fazer as coisas, isso me faz me sentir viva e ser útil, não quero ser um fardo na vida de ninguém.

Rafael - a senhora nunca foi e nunca será um fardo, me deixe retribuir um pouquinho o tanto de carinho, amor e educação que a senhora e o pai me deram.

Creuza - eu sou uma mulher muito feliz em ter um filho como você, amoroso, bom, justo e um gatão em (dar uma leve risada).

Cena 03/ Casa de Rafael/ Mesa/ Manhã.

Creuza - filho me faz um favor ao sair do trabalho passe em uma farmácia e compre esse remédio.

Rafael - tá bom mãe.

Creuza - quando eu receber a aposentadoria te dou meu filho.

Rafael - não, de modo algum mãe, não precisa. 

Creuza - pois tá bom. 

Miguel - é apesar de tudo, das lutas, das dívidas, de não termos muitos bens materiais, temos algo que muitas famílias não tem, o amor e a União e isso já é um grande motivo para agradecer a Deus todos os dias. 

Creuza - exatamente meu amor.

Rafael - gente já vou indo, se não me atraso, até a noite. 

Creuza - vá com Deus meu filho (lhes dar um abraço e depois tosse sangue em seu lenço sem que ninguém perceba).

Cena 04/ Mansão de Saraiva e morais/ Mesa/ Manhã.

*Enquanto isso na mansão de Antônio Augusto, no café da manhã, na mesa se tem de tudo, frutas, pães, cafés, tudo, porém falta o que sobra na mesa de Miguel, o amor e a União familiar *

Vitória - bom dia mãe, cadê o pai?, não acordou ainda?.

Soraya - aiii credo menina, já te falei pra não me chamar de mãe, tenho idade para ser sua irmã e o Antônio Augusto tá se arrumando, desce já,ele acordou uma fera hoje.

Vitória - novidade nenhuma você falou( rindo) vou no shopping conversar com a Cristina, nunca mais vi ela.

Soraya - ótimo, diga à ela para vir aqui, saudades da minha sobrinha, sobrinha está que se parece mais comigo do que minha própria filha digasse de passagem. 

Vitória - há Soraya se poupe, me poupe e nós poupe, a Cristina é a Cristina, eu sou eu. 

TROIA: ORIGENS/ CAPÍTULO 06/ PARTE 05.

Cena 05/ Mansão de Saraiva e morais/ mesa/ Manhã.

Antônio começa a descer as escadas e ao ver todos conversando grita

Antônio Augusto - calemmm a boca rebalho de araras, a gente não pode tomar um café em paz nessa maldita mansão, se calem e vão se fuder, há já ia esquecendo bom dia família ( com tom sarcástico ).

Soraya - cale a boca você, vai dar chilique logo pela manhã é.

Antônio Augusto - há Soraya vá cuidar das suas vaidades, suas plásticas, daqui a pouco virá uma Barbie humana ( aos risos).

Soraya - E você vai virar um homem salgado, vive a maior parte na empresa.

Antônio Augusto - claro para manter seus luxos, tem que trabalhar minha esposa. 

Vitória quase chorando esbraveja com a discussão dos pais

Vitória - parém os dois, vocês nunca foram presentes na minha vida, mamãe vc passa a maior parte do tempo em clínicas e espaes, nunca quis que eu te chamasse de mãe, e você pai, você nem nas apresentações da escola estava presente, vocês foram e são dois pais que não foram presentes na minha vida, que família meu Deus, que família. 

Cena 06/ cozinha/ mansão de Saraiva e morais/ manhã.

Ela vai até a cozinha chorando e abraça a empregada da família, Dulce

Vitória - tá vendo Dulce, eles só brigam e só brigam mais e mais, ainda bem que tenho você, sabia que desde meus 5 aninhos que foi quando você retornou a mansão para ser minha babá, você foi minha segunda mãe, minha mãe do coração. 

Dulce - Sei sim minha menina, você é a razão dos meus sorrisos nessa mansão.

*No rádio entra no ar a música ``Dona Cila, Vitória e Dulce dão as mãos e começam a cantar e a dançar a canção de Maria Gadú por toda a cozinha *

*Dulce* - de todo o amor que tenho.

*Vitória* - metade foi tu quem me deu.

*Dulce* -  Salvando minh'alma da vida

Sorrindo e fazendo o meu eu.

*Vitória* - Se queres partir, ir embora

Me olha da onde estiver.

*Dulce* - Que eu vou te mostrar que eu tô pronta me colha madura do pé.

*Vitória* - Salve, salve essa nega

Que axé ela tem

Te carrego no colo e te dou minha mão, Minha vida depende só do teu encanto

Cila, pode ir tranquila

Teu rebanho tá pronto.

*Dulce* - eiita minha menina essa música eu cantava para você quando você era uma criança e ainda lembra.

*Vitória* -lembro sim, ela faz parte da minha vida, assim como você.

*Dulce* - que doce essa garota, mais você não ia sair Vitória, eu acabei ouvindo você  conversando com a dona Soraya.

*Vitória* - sim, vou sim, lá vou eu, irei a pé para fazer exercício.

Elas se abraçam e Vitória saí em direção ao shopping ``` 

Cena 07/ Casa de Miguel/ sala/ manhã.

Miguel - amor vou até ao supermercado volto já já viu.

Creuza - tá certo meu bem, enquanto isso eu vou fazer o almoço, volta logo.

Miguel - tá certo, fui.

Creuza ao cortar alguns legumes, começa a tossir muito forte e a cuspir sangue, a dona de casa começa a ficar tonta e desmaia

Creuza - eu estou vendo tudo rodando, Migueeeeel (em tom de medo).

Miguel chega em casa ao abrir a porta vê Creuza caída no chão 

Miguel - Creuza meu amor, acorda, socorroooooo.

Alguns vizinhos chegam 

Miguel - alguém chama a ambulância por favor.

A ambulância chega e Creuza é levada ao hospital.

Cena 08/ Avenida próxima ao shopping/ manhã.

Rafael pilota sua moto em alta velocidade rumo ao seu trabalho pois já estava bastante atrasado

Rafael - é melhor eu me apressar se não vou chegar muito atrasado hoje. 

Na mesma avenida que Rafael estava atravessando, Vitória avista Cristina do outro lado e diz 

Vitória - Cristina sua lindona, me espera aí.

Cristina - Tá bom priminha (com olhar de inveja ao ver o lindo vestido que Vitória estava usando)

*Vitória não percebe que o farol está fechado e começa a atravessar quando de repente um carro vêm em alta velocidade *

Cristina - Vitóriaaaaaaaaaaaaaa ( gritando).

Vitória - o que ?( A mesma não estava vendo que um carro vinha em sua direção).

O carro bate em Vitória que cai no chão desacordada, Rafael vê tudo, tira o capacete nervoso com o que vê 

Cena 09/ Avenida próxima ao shopping/ manhã.

Rafael - meu Deus o que está acontecendo, vou ajudar né. 

Rafael chega até Vitória e tenta a acordar

Rafael - Moça, moça, moça acorda.

Vitória acorda e vê Rafael, eles trocam olhares por alguns minutos 

Rafael - oii, tá me vendo?, está doendo algo em você?, posso ajudar em algo? 

Vitória - você tá mais preocupado comigo, doque eu mesma, tô só com arranhões.

Rafael - ufaaa, graças à Deus. 

Vitória - mais muito obrigada pelo Socorro, como se chama esse anjo ?

Rafael - anjo eu? (Rindo), tá bom então, seu anjo aqui se chama Rafael e você como se chama moça bonita?

Vitória - me chamo Vitória, pois sou uma Vitória (rindo).

Rafael - tá bom Vitória, deixa eu te ajudar a levantar.

Cena 10/ banco da praça/ próxima ao shopping/ manhã.

Eles sentam em um banco que estava próximo dali, Cristina fica vendo tudo de longe.

Cristina - eiita homem bonito da porra, até em uma quase tragédia essa minha priminha encontra um príncipe encantado para a Socorrer ( revirando os olhos).

Rafael e Vitória em suas primeiras palavras trocadas riem e sorriem várias vezes, parece até que já se conheciam 

Vitória -  eu me chamo Vitória como disse e você?.

Rafael - Rafael, eu me chamo Rafael ( com timidez).

Neste instante na troca de olhares, a música cheia de charme da banda universos começa a tocar ao fundo.

Cena 11/ banco de praça/ próxima ao shopping/ manhã.

Vitória - enfim Rafael muito obrigada por tudo, foi um prazer lhes conhecer, meu príncipe encantado que invés do cavalo branco veio a moto mesmo rsrsrs.

Rafael - um príncipe moderno né não, mais por nada, aprendi que devemos ajudar a todos.

Vitória - belo pensamento. 

Rafael -  me passe seu número para mantermos contato Vitória. 

Vitória - 98345-5571, é só chamar meu querido, já me vou indo.

Rafael - beleza, eu também já vou, estou muito atrasado para meu trabalho já, até um dia moça bonita. 

Vitória - até meu príncipe encantado ( rindo).

Vitória ao sair apressada, seu pingente acaba caindo no chão, Rafael o pega e corre para entregar a dona

Cena 12/  Shopping/ cafeteria/ manhã.

porém Vitória já estava longe, ele coloca o pingente em seu bolso e segue até seu trabalho, enquanto isso Vitória finalmente  encontra Cristina e ambas vão ao shopping andando a pé, ao chegar lá, elas conversam e matam a saudade

Cristina - menina o que foi aquilo em?, pensei que você ia morrer, fiquei super preocupada. 

Vitória - preocupada e nem foi me socorrer prima.?

Cristina - eu fiquei de longe só observando o seu anjo da guarda (rsrs), não quis me intrometer no clima que rolou ali entre vocês. 

Vitória - pare com isso (rindo), mais o Rafael foi muito educado comigo, nunca nenhum homem havia me tratado com tanto cuidado assim.

Cristina - Humm, Rafael o nome dele então, interessante. 

Vitória - interessante o que mulher?

Cristina - o nome dele uai.

Vitória - eiita meu Deus meu pingente, o que a Dulce me deu, aonde está?

Cristina - você deve ter perdido na sua quase tragédia (dando gargalhadas).

Vitória - não rir, ele é muito importante para min.

Cristina - não tem valor nenhum, se fosse uma joia cara tudo bem, mais um pingente. 

Vitória - valor sentimental, você falando parece até a minha mãe, falando nela, ela disse que você depois passasse lá em casa para vocês conversarem.

Cristina - tá bom priminha. 

Cena 13/ Interior/ Casa de Miguel/ noite.

As horas se passam e chega a noite, Rafael ao chegar em casa super cansando não encontra ninguém, minutos depois seus pais chegam em casa.

Rafael - vocês estão vindo da onde?

Miguel - do hospital meu filho, sua mãe passou mal.

Rafael - como assim?(nervoso), o que aconteceu?.

Miguel - eu de manhã fui ao supermercado e ao chegar aqui, sua mãe estava desmaiada.

Creuza - mais já estou bem melhor, não preocupe o menino Miguel, ele já vem cansando do trabalho e ainda eu pra dar trabalho. 

Rafael - mãe por favor né, e aqui está seu remédio, fiquem bem, vou para meu quarto descansar, qualquer coisa é so chamar, amo vocês. 

Abraça os pais e vai.

Cena 14/ Mansão de Saraiva e morais/ quarto de Vitória/ Noite.

Deitado na cama Rafael começa a pensar em Vitória 

Rafael - que garota linda aquela, tão meiga, gentil e doce, espero um dia a ver de novo. 

Deitada também em seu quarto Vitória começa a pensar em Rafael

Vitória - até agora não paro de pensar naquele homem, sempre acreditei que não existissem príncipes encantados, porém agora estou começando a duvidar dessa teoria, enfim espero reencontra-lo muito em breve.

Congela no rosto de Vitória pensando em Rafael